domingo, 27 de fevereiro de 2011

A ORÍGEM ANGLICANA

A Igreja Anglicana ou Igreja da Inglaterra se considera Católica e reformada. Católica por se achar em comunhão com a verdadeira Igreja de Cristo e em perfeita continuidade com sua comunidade Apostólica. E reformada por ter sido moldada por princípios das Heresias protestantes.

Os Anglicanos argumentam que antes da catequização feita pelos Romanos nas ilhas Britânicas, já existia uma comunidade Cristã desconhecida de Roma. Porém esse argumento é inválido, pois nunca existiu uma Igreja desconhecida de Roma e sim locais de difícil comunicação, como a Inglaterra, que por isso em alguns momentos pode ter tido divergências quanto ao ritual e doutrina  Latino com o das ilhas Britânicas.

Em 595, para formar uma unicidade entre os Cristãos Britânicos, ( anglo-saxão e celtas.)  com a Igreja Romana e superar as diferenças resultantes da distância geográfica entre as duas regiões, foi enviado pelo Papa São Gregório Magno um grupo de  Monges Beneditinos. Chefiados por Santo Agostinho ( não o doutor da Igreja e sim Santo Agostinho de Cantuária)  com a missão de instruir os cristãos Britânicos. Com essa campanha de evangelização, a doutrina e o rito Romano foram estruturados de vez na região. Porém devido à distância geográfica que separa Roma da Inglaterra  os reis Inglês sempre tentaram intervir na Igreja, para benefício próprio, como Henrique VIII.  

A origem Anglicana que é o mais importante para nós, vai ocorrer apenas no ano de 1534, pelo ato de supremacia, quando Henrique VIII se auto- denomina líder da Igreja na Inglaterra, dando origem a uma nova vertente protestante. Essa vertente seria confirmada de uma vez por todas por Elisabeth I, que também é conhecida como Isabel I, filha bastarda de Henrique VIII. Isabel adotou a doutrina calvinista expressa na Lei dos 39 Artigos, onde está estruturada a Doutrina Anglicana.

Mas o fato que levou Henrique VIII a se separar da comunhão com a Igreja Católica é de total importância para se compreender a ética protestante presente no movimento Anglicano. Os atos de Henrique VIII mostram o perfil da nova conjuntura religiosa que estava nascendo, além de explicar algumas posições Anglicanas como: a defesa do aborto e o casamento entre os homossexuais.

Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão filha dos reis da Espanha. Catarina estava prestes a consumar matrimônio com o irmão de Henrique VIII, mas este morreu antes do casamento ser consumado. Para que pudesse ser realizada a aliança entre espanhóis e ingleses a coroa britânica e espanhola pediu a liberação do Papa para que Catarina se casasse com Henrique, como o casamento anterior não havia sido consumado o papa concedeu a liberação.

Sempre com uma vida de prostituição Henrique VIII se apaixonou por Ana Bolena, prostituta e protestante, o rei também já tinha sido amante da mãe dela. E para poder se casar com a prostituta pede ao Papa a anulação do seu casamento com Catarina, alegando que esta era sua cunhada e por tanto o casamento seria ilegal. O Papa não considera o pedido do rei, pois o casamento com Catarina de Aragão foi legítimo. Contrariado Henrique VIII se desliga de Roma e se elege como o chefe supremo da religião na Inglaterra, dando origem ao Anglicanismo. Todo o episcopado inglês é obrigado a obedecer ao rei. João Fisher foi o único bispo que não se curvou diante de Henrique VIII e por isso foi decapitado. Thomas Morus chanceler do rei também foi contrário a essa separação e como João Fisher foi condenado à morte. Henrique VIII depois de um tempo de casado mandou executar Ana Bolena, alegando adultério. O rei herege ainda se casaria seis vezes e mandaria executar a maioria de suas cortesãs.

Com a morte de Henrique VIII quem herdou o trono foi Maria Tudor, legítima filha do rei com Catarina de Aragão. Maria Tudor era católica e voltou à união com Roma. A nova rainha da Inglaterra se casou com o rei da Espanha Felipe II, com quem não teve nenhum filho. Henrique VIII também tinha uma filha bastarda com Ana Bolena, que se chamava Isabel ( Elizabeth I) . Isabel foi mantida a distancia por Maria Tudor, devido as suas pretensões políticas e religiosas. Felipe II acabou conhecendo Isabel no seu cárcere e se apaixonou por ela. Após uma conspiração de Isabel, Maria Tudor iria condená-la a morte, mas Filipe II acabou defendendo Isabel e livrando- a da sentença.

Após a morte de Maria Tudor quem deveria herdar a coroa britânica era Maria Stuart, rainha da escócia e prima de Maria Tudor. Mas Filipe II favoreceu Isabel que foi coroada como rainha. Isabel era uma feiticeira, que cortou mais uma vez as ligações com Roma e confirmou o anglicanismo como religião da Inglaterra, estruturando a doutrina da seita. Isabel foi excomungada assim como seu pai.

A partir do século XX começam a surgir novas vertentes do anglicanismo, principalmente fora da Inglaterra. No Brasil existem varias comunidades Anglicanas, apesar de não ser tão popular. O mais importante é que se possa conhecer a verdadeira história dessa heresia, que hoje em dia defende coisas como o aborto e o casamento gay. Um movimento religioso que nasceu de um Divórcio, e foi consolidado depois de uma grande perseguição contra os verdadeiros cristãos os católicos, não merece a confiança nem a participação de quem realmente pretende entrar em comunhão com Deus e com os ensinamentos de Cristo.  

A sucessão Apostólica da Igreja Anglicana não é considerada pela Autoridade da Igreja Católica, por isso o argumento Anglicano de se considerar católico é inválido. A Igreja Católica também não concorda com a ordenação de mulheres, a defesa do aborto e o casamento homossexual, que são defendidos pelos anglicanos. 

Fonte:
Origem da Igreja Anglicana, disponível em: http://caiafarsa.wordpress.com/anglicana-origem-da-igreja-anglicana/                                                                                                                                 Origem do Anglicanismo, disponível em: http://montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20040729224522&lang=bra


domingo, 20 de fevereiro de 2011

LIVROS DEUTEROCANÔNICOS

Os livros deuterocanônicos são: Tobias, Judite, 1Macabeus, 2Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc, alem de trechos de Ester e Daniel. Foram escritos entre os anos 200 a.c e 100 a.c. A  versão Bíblica utilizada pelos Católicos é a Septuaginta assim conhecida por ter sido traduzida do hebraico para o grego  por setenta e dois  sábios e anciãos judeus na cidade de Alexandria para uma comunidade de judeus que lá viviam e não mais dominavam a língua hebraica. Na época da tradução os livros que compõe o Antigo Testamento ainda não estavam definidos e foram acoplados a eles o sete livros que hoje são rejeitados pela maioria dos protestantes.
Esta tradução do Antigo Testamento logo passou a ser utilizada entre a maioria dos judeus, inclusive os Apóstolos de Cristo que a utilizavam nas suas pregações. Porém no ano 100 d.c judeus da palestina não Cristãos se reuniram na cidade de Jâmnia para redefinir os livros Bíblicos e acabaram excluindo os sete livros deuterocanônicos, assim como também foi excluído qualquer livro que falasse em Jesus, mostrando a falta de inspiração do Sínodo. Sínodo esse que se  apóiam os protestantes.  O principal motivo desses livros terem sido excluídos foi a rivalidade que os judeus tinhas contra os Cristãos.
Os judeus utilizaram alguns critérios para excluir os livros, porém nenhum desses critérios tem estrutura solida. Um  deles é de que Deus só poderia inspirar em Israel, mas isso não faz sentido já que toda lei de Moises foi inspirada no deserto do Sinai ao caminho para o Egito. Outro argumento utilizado é que Deus só poderia inspirar em hebraico. Na realidade Deus disse que só poderia se revelar aos israelitas mas entre eles haviam muitos que falavam outras línguas como o profeta Daniel, por tanto Deus não se revelou apenas em hebraico.
Os primeiros Padres da Igreja citavam vários trechos dos livros deuterocanônicos, e no Concilio de Roma no ano de 382 d. c foi definido o Cânon oficial fazendo parte dele os livros que hoje são tidos como apócrifos por alguns protestantes. O Cânon foi confirmado no Concilio de Hipona em 393 e de Cartago em 397. O engraçado é que estes mesmos Concílios também definiram alguns livros do Novo Tstamento, livros estes aceitos pelos protestantes e Concílios estes também muito citados por eles para confirmar a Canonicidade do Novo Testamento.
Durante a reforma protestante Lutero retirou estes livros por confirmarem doutrinas Católicas, assim como haviam feito os judeus. Os livros deuterocanônicos do Novo Testamento também foram retirados por ele, e depois recolocados por outros protestantes.
As catacumbas de Roma, que eram os locais onde os primeiros Cristãos se reuniam para celebrar seu Culto longe das perseguições do império, também estão cheias de desenhos que retratam cenas dos livros deuterocanonicos. O testemunho dos primeiros Cristão são outra prova das verdades inspiradas nestes livros. Algumas denominações protestantes hoje em dia aceitam todos os livros da Bíblia, assim como foi definida em Concílio durante os séculos, que são os: Luteranos, Presbiterianos e Anglicanos. 
É importante ressaltar que alguns critérios foram tomados pelos Católicos na hora de determinar os Livros Sagrados, como: Apostolicidade;  que não significa que toda obra dos Apóstolos é inspirada, mas sim as que foram escritos nos momentos de inspiração de um Apóstolo. Foram escolhidos os livros de leitura pública e que eram lidos nas principais Igrejas. Além da Ortodoxia que deve existir em cada Livro Sagrado, sem que nenhum contradiga outro livro da Bíblia.

Fonte de estudo: estudo bíblico apostolado sã doutrina, segunda aula.

  

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O CASAMENTO NA PÓS- MODERNIDADE

É muito comum nos dias de hoje vê os casais se separando, vê um amor que quando nasceu parecia ser eterno, mas não conseguiu resistir as ciladas do tempo e terminou na separação, com cada um seguindo um novo rumo. Nessas horas as pessoas se perguntam o que está acontecendo com as famílias nos dias de hoje, por que cada vez mais casais se divorciam, e os valores da nossa sociedade são colocados em xeque. O que devemos observar nesses momentos é a vivencia espiritual de cada família dessas, é importante observar em que se estruturam as famílias de nossa época pós- moderna e como as famílias procuram a comunhão com Deus no novo relacionamento e na nova vivencia que nasce com o matrimonio.
Ao fazer uma analise das famílias dos nossos dias é importante buscar a gênese do relacionamento e tentar compreender o que levou cada um dos dois, homem e mulher, a escolher o outro para juntos partilharem de um viver eterno e de constante comunhão com o Divino. Infelizmente o que impulsiona o relacionamento e o matrimônio não são questões espirituais, das quais Deus é o guia e protetor, mas sim questões materiais, são valores que não tem o espírito santo e o sopro Divino presente. Carro, casa, dinheiro, beleza física e tantos outros valores matérias são os principais critérios adotados na hora de começar um namoro, na hora de dar o primeiro passo para construir a instituição divina do matrimônio.
Os bens materiais nos quais a maioria dos casamentos estão estruturados, São coisas que com o tempo se destroem, São coisas que se desmancham no ar e junto com essa destruição material ocorre também os problemas do matrimônio. Não se pode estruturar uma relação de amor, uma relação divina que deverá ser eterna em coisas que são destrutíveis. O amor entre o homem e uma mulher tem que estar baseado em princípios cristãos, princípios que irão propiciar uma convivência de carinho, ajuda, compreensão e verdadeiro amor. A relação que tem como base a palavra de Deus, vence todas as tempestades, não se deteriora como os objetos matérias construídos pelos homens e cheios de falhas, sendo perecíveis a ação do tempo. Só aquilo que Deus criou é que pode ser eterno e por isso o matrimônio criado por Deus deve sempre ser guiado pelo seu santo nome para que as famílias possam ter a verdadeira felicidade.
A atração física é em muitos casos e outro problema que tanto levam os casais a se divorciarem. Não podemos ser hipócritas ao ponto de dizer que o lado físico não é uma das primeiras coisas que chamam a atenção, mas essa  atração não pode ficar apenas no corpo. O homem e a mulher devem se conhecer por completo, as vezes alguém expressa grande beleza física mas tem um interior pobre, ou então o modo de ser não é compatível com o outro que vai se relacionar. Infelizmente muitos param na análise física e esquecem de olhar o lado espiritual. O corpo como algo material também esta passível a ação do tempo. O corpo aos poucos vai perdendo a beleza da juventude e aquele amor também vai se acabando junto com o belo.
Os casais precisam procurar a união com Deus, buscar a igreja, procurar ouvir a palavra que Deus fala aos homens através das sagradas escrituras, do que fala os sacerdotes e da reflexão diária que nasce das nossas conversas com Deus. Precisamos ter como exemplo a santa família de Jesus, e sermos mãe como foi Maria e pai como foi José.