segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A cruz para os Cristãos

Por- Flávio Melo.

         Para muitas pessoas a cruz representa um exemplo de amor por parte de cristo, mas para outras que não tem conhecimento cristão representa uma vergonha por simbolizar o sofrimento de cristo. Há pessoas que se dizem cristãs, mas abominam a cruz. Veremos se a cruz realmente é motivo de vergonha ou de esperança para o cristão.


Oque é Uma Cruz       

         Era um instrumento de suplício usado desde a remota antiguidade. Para os Romanos era o castigo mais infame. eram de madeira pesada, mas suportável para ser levada pelo condenado. Usavam-se 3 tipos, com forma de T, de X e de +. Parece ser esse último oque serviu de suplício a Jesus, considerando a inscrição posta por cima de sua cabeça.Mt 27,37 e etc. Tornou-se o simbolo principal do cristianismo.


Origem da Cruz       
       
        A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo, pois alguns consideram que Jesus Cristo foi pregado em um madeiro. É impossível, dizer ao certo, como surgiu a cruz ou em que época ela começou a ser utilizada pelos povos antigos para castigar bandidos e foras da lei. Porém no antigo testamento, no tempo de Moisés, 1500 anos AC, há uma passagem bíblica que diz: " Quando um homem tiver cometido um crime que deva ser punido com a morte , e for executado por enforcamento numa árvore, o seu cadáver não poderá ficar ali durante a noite, mas tu o sepultarás no mesmo dia; pois aquele que é pendurado no madeiro torna-se objeto de maldição Divina."Dt 21, 22-23. Assim vemos que a tanto tempo atrás ja se tinha uma idéia de cruz entre os israelitas.

O verdadeiro sentido da cruz para os cristãos
       

       O apóstolo São paulo aprensenta a cruz como um escândalo para os judeus, uma loucura e uma vergonha para os pagãos. I Cor 1,23 , mas consolo para os cristãos. Gl 6, 12.14; Fl 3,18; Hb 12,2. Assim, todo aquele que diz que tem vergonha da cruz ou que ela é loucura está agindo como um pagão e desvalorizando o sacrifício de Cristo.
       Em Gl 3,13, São Paulo diz: "Cristo remiu-nos da maldição da lei, fazendo-se por nós maldição, pois está escrito: Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro." Dt 21, 22-23. Com o sacrifício de Cristo na cruz, ele acabou com a maldição que nos amaldiçoava e tornou a cruz em bendita, quando o seu santo sangue a lavou por nós. Por isso a cruz não deve ser vista pelo cristão como vergonha, mas sim como esperança e prova de amor. A Cruz, graças ao amor ea coragem de Cristo, é tão santa que até o Diabo e seu anjos do mal fogem dela.
       Em Mt 16,24, Jesus diz: Se alguém quiser vir comigo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga. Ele está dizendo que seu seguimento não é fácil, é cheio de dores e renúncia, porém o cristão tem que ter coragem e fé, pois o maior peso da cruz ele já carregou por nós.

         Várias religiões usam a cruz em suas igrejas, pois sabem e tem conhecimento do valioso preço que ela tem. Portanto se você é cristão, não tenha vergonha, nem abomine a cruz, pois ela é a maior prova de amor de Deus, que se fez HOMEM por ti, para atravéz dela te salva e te trazer de volta para Ele.
        Portanto, não ligue se você estiver usando uma cruz e um irmão de outra religião, que não tem conhecimento, te criticar. É sinal que, embora ele ame tanto a Jesus, ainda não entendeu sua prova de amor. Tente explicar a esse irmão, o verdadeiro valor da cruz e oque ela representa para todos nós. Que Deus te abençõe!
       

        Fontes de pesquisa: Bíblia Sagrada, edição Ave- Maria; Minidicionário compacto Bíblico de Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento; e Wikipédia, a enciclopédia livre.

domingo, 5 de junho de 2011

A MÃE DE UM POVO EXCLUÍDO


A história da America latina é fortemente marcada por processos de exclusão. Primeiramente os povos nativos que habitavam o nosso continente que são exterminados pelos povos “civilizados” da Europa. Depois exploração e exclusão de povos de outras regiões como os de origem africana, que são escravizados nas nossas terras. Todo esse extermínio não ocorre apenas no âmbito da morte física, mas também da “morte cultural”, tanto os povos nativos quanto os que vinham para nossa região como escravos, tiveram muitos de seus costumes excluídos socialmente e até hoje sofrem preconceitos por conta disso.
No ano de 1531, Deus olhou por seus filhos sofridos da America latina, aquela que ouviu as boas novas do Anjo Gabriel foi enviada por Deus para bem dizer as boas novas aos seus filhos do continente latino-americano. O escolhido como intermediário da virgem mãe de Deus foi um humilde índio chamado Juan Diego, recém convertido a fé cristã. Nossa Mãe Maria poderia ter aparecido diretamente ao bispo para expressar seu desejo de construção de um templo em sua homenagem, mas Maria escolheu um pobre índio como mensageiro,  para demonstrar o seu amor aqueles que sofrem pela exclusão por serem tidos como inferiores diante de outros povos ou grupos sociais.
A aparição da Virgem de Guadalupe a são Juan Diego foi muito importante para a evangelização dos povos da America Latina. E para mostrar o amor de Deus por aqueles que são excluídos o grande canal de evangelização foi um nativo, um daqueles que sofriam a exclusão e não os “eruditos” da fé católica. Deus mais uma vez demonstra seu amor pelos rejeitados, assim como Jesus demonstrou compaixão com os que eram excluídos no seu tempo. A mãe do povo de Deus também se tornou mãe do povo latino americano. A virgem de Guadalupe se tornou a imperatriz da America.
A America latina hoje é um continente que tem o catolicismo bastante enraizado, porém muitas das exclusões sociais ainda permanecem vigentes. Uma grande parcela da população latino americana sofre pela pobreza. Os responsáveis por essa exclusão talvez sejam outros hoje, mas os problemas são praticamente os mesmos. Uma minoria detém a maior parte da riqueza produzida aqui, e o sistema de exploração do qual estamos inseridos favorece que uns enriqueçam enquanto outros empobrecem.
A mensagem da Nossa Virgem de Guadalupe está bastante atual na nossa sociedade. Maria hoje habita os nossos corações de uma maneira mais clara do que na antecedente a são Juan Diego e sua palavra deve ter o mesmo efeito de conforto e libertação que teve para nosso Santo Índio. Que para cada injustiça cometida nas terras do novo mundo um filho de Deus possa invocar a Virgem de Guadalupe e que seu amor pelos excluídos possa dá força para que  possam esperar pelo reino dos céus, mas que nunca se conformem com o sofrimento da terra.  

domingo, 27 de março de 2011

A "SOLA SCRIPTURA" E O ERRO DOS PROTESTANTES.


O termo “ Sola Scriptura” ou só a escritura é um dos pilares da reforma protestante. Que diz que todos os ensinamentos Cristãos e toda doutrina Cristã esta presente na Bíblia, com uma clareza que todos podem compreende-la, sem que seja necessário levar em consideração a tradição Cristã e os Concílios.  A principio Lutero não quis negar outras autoridades de interpretação da Bíblia, mas sim subordinar toda autoridade a princípios Bíblicos, mas com o passar do tempo as novas interpretações da “Sola Scriptura” a colocam como sendo a única autoridade Cristã.

A “Sola Scriptura” é um dos principais erros das denominações Cristãs protestantes. A Bíblia não é a única fonte de autoridade com relação a Doutrina e a vivencia dos Cristãos. É necessário levar em consideração a autoridade do Episcopado e da Tradição Católica. Durante os primeiros séculos da era Cristã a Bíblia ainda não havia sido definida, apenas no século IV é que os Bispos Católicos irão definir o Cânon Bíblico. Levando em consideração a veracidade da “Sola Scriptura” como os Cristãos se guiavam até a organização da Bíblia? E ao analisarmos que as primeiras comunidades Cristãs surgiram antes do primeiro livro do novo testamento ser escrito ( a carta aos Tessalonicenses) podemos nos perguntar mais uma vez como esses Cristãos iriam se organizar se não levassem  em conta a tradição e a autoridade Apostólica?

No mundo dinâmico e de grandes transformações como o nosso, novas questões tendem a surgir a cada dia com novos problemas. Mais uma vez se nos prendermos ao princípio da “Sola Scriptura” iremos cometer diversos equívocos. A Bíblia pode até trazer subsídios para entendermos e problematizarmos a nossa nova realidade, mas não traz um complexo de ideias que nos mostre um todo. Devido a isso é necessário recorremos a Tradição e aos Concílios Católicos, onde a sucessão Apostólica e a autoridade da Igreja se pronunciará diante dos novos problemas. Podemos citar alguns exemplos de novas questões que apenas a Bíblia não nos dá uma compreensão geral como é o caso da: eutanásia, clonagem de embriões humanos, inseminação artificial, transfusão de sangue, etc. se considerarmos apenas a interpretação Bíblica será cometidos vários equívocos e se nos apoiarmos em decisões de pessoas que estão fora da comunhão Católica os erros também estarão presente.

A Igreja Católica considera a Bíblia como sendo a estrutura de toda doutrina Cristã, por ser a palavra de Deus revelada. Mas Deus continua a se revelar aos seus filhos e para que essa revelação fosse constante e que não surgissem falsos Profetas, Jesus deu a Pedro, o primeiro Papa, e a Igreja Católica a autoridade Diante das escrituras. A Tradição e a Apostolicidade são princípios dos quais os Cristãos devem se guiar, sempre sobre a autoridade Bíblica, mas nunca se perdendo no fundamentalismo que prega as denominações protestantes de hoje.

Fontes:  Estudo Bíblico: Apostolado Sã Doutrina

quarta-feira, 9 de março de 2011

A HORA DO ÂNGELUS


A hora do ângelus, também conhecida como a hora das Ave- Marias é rezada as 06:00, as 12:00 e as 18:00 horas. O objetivo dessa oração é relembrar o momento da anunciação do anjo Gabriel a Maria, trazendo as boas novas de que o salvador iria nascer de uma virgem sem pecado.

Esse costume nasceu da piedade Católica durante a Idade Média. No inicio se rezava apenas ao nascer do dia, depois passou a ser rezada também ao meio dia e com o passar do tempo as Orações passaram a ocorrer durante o entardecer. Ao tocar os sinos das Igrejas durante essas horas a população se reunia para rezar. No período de guerra contra os Turcos o Papa Calisto III relacionou as Orações Católicas com o chamado das Orações mulçumanas e incentivou a prática para pedir a proteção da Virgem Maria na luta contra os que ameaçavam a Fé Cristã. A orientação do Papa foi de total importância para que o costume se firmasse de uma vez por todas entre os Católicos. São Pedro Canísio, doutor da Igreja, também incentivou a realização das orações para a Virgem Santíssima durante as três horas do dia. Os últimos Papas mantiveram a prática, todos os dias as orações acontecem no vaticano e durante o meio dia uma multidão se reúne para rezar, tendo frequentemente a presença do Papa.

A hora do ângelus é um momento de puro contato com a Virgem Maria e uma oportunidade de reflexão da Fé Cristã e das práticas tomadas no dia a dia. Nos instantes em que rezamos as Ave- Marias intercaladas com os versículos bíblicos revivemos o momento da anunciação da vinda do nosso Salvador ao mundo. A Fé se fortalece a partir de rituais como este, a áurea de Santificação que nos envolve durante estes momentos de comunhão com o Divino é de total importância na intensificação e no sentido dado a nossa prática como Cristãos.

As orações podem ser tanto no âmbito coletivo na reunião em comunidade, como ocorre em algumas Igrejas, quanto pode ser um momento individual de orações. Durante a manhã a hora do ângelus serve como parte de um ritual de orações que nos concedem bênçãos durante todo o dia. Ao meio dia o caráter reflexivo da oração se faz mais presente, ao analisarmos a primeira parte do nosso dia com a segunda que estar por vir. O terceiro momento ao entardecer é um momento de pura reflexão com base no Evangelho, reflexão do nosso comportamento no dia que passou. Agradecer a Deus e a Virgem Maria por todas as graças e a proteção que recebemos é também outra característica de suma importância ao recitarmos o ângelus, pois a compreensão de que precisamos da proteção superior é um importante passo para uma perfeita comunhão com Deus.

Emissoras de radio e TV católicas transmitem diariamente a hora do ângelus, algumas emissoras de caráter secular também costumam ao entardecer lembrar desse momento cristão, ou ao som da Ave Maria, ou com a recitação de versículos bíblicos e orações. A oração tradicional da hora do ângelus é feita no sentido dialogal; quem preside a reunião reza a primeira parte e a comunidade responde à segunda. No período da páscoa a oração tradicional é substituída pela Regina Coeli. 

Oração da hora do ângelus:
 V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém.
V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria
V. E o Verbo se fez carne ou então E o Verbo divino encarnou.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos: Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas para que, conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de vosso Filho bem-amado, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Glória ao Pai...

Oração durante o período da páscoa:
Rainha do Céu, alegrai-Vos, aleluia! Porque aquele que merecestes trazer no seio, aleluia!
Ave Maria
Ressuscitou como disse, aleluia! Rogai por nós a Deus, aleluia!
Ave Maria
Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, aleluia! Pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!
Ave Maria
Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor nosso. Amém.
Glória ao Pai(repete-se 3 vezes)
Santo Anjo (oração) Santo Anjo do Senhor…

Fontes:
Orações disponíveis no site da Wikipédia.  http://pt.wikipedia.org/wiki/Angelus
LIBANIO, j.b. Hora do Ângelus. Jblibanio disponível no site: http://www.jblibanio.com.br/modules/wfsection/article.php?articleid=157

 


domingo, 6 de março de 2011

CARNAVAL: ORÍGEM, PRÁTICAS ATUAIS E UMA VISÃO CRISTÃ


Durante três dias, países que celebram o carnaval como é o caso do Brasil, nação que se felicita por ter o maior carnaval do mundo, se imergem em um ambiente pecaminoso. As pessoas vão às ruas, viajam para as praias e se reúnem com os amigos para festejar. Porém na maneira como são realizadas estas festas é que se encontra o cerne do problema. Festejar não é pecado, demonstrar alegria não ofende a Deus, a ofensa feita ao divino acontece porque as pessoas celebram esta festividade sem procurarem ter uma vivencia Cristã. O carnaval passa a ser tido como uma época em que tudo vale.

Não se sabe ao certo a origem da palavra carnaval. Pode ter origem do termo “ carne vale,” que significa que o uso da carne esta liberado até o inicio da quaresma. Pode ter origem também do termo “carnem levare” que quer dizer suspender a carne, já que marca a preparação para a quaresma. Existe até a suposição de que o termo carnaval tenha surgido da expressão Domica ad Carnes Levandas, expressão utilizada pelo Papa São Gregório Magno, para sinalizar que o consumo da carne é liberado no domingo que antecede o inicio das preparações da Páscoa. A origem da palavra também pode remontar a festas pagãs, como a currus navales, que era um cortejo em homenagem ao Deus pagão Dionísio.

Desde antes da era Cristã existem relatos que mostram que já existiam festividades que se assemelhavam ao carnaval moderno. Eram comemorações em homenagem a Dionísio ou Baco, Deuses pagãos da mitologia grega e romana. Sacrifícios e encenações feitos por pessoas fantasiadas e mascaradas eram realizados para expiar os pecados e pedir fecundidade da terra. Os bacanais como ficou conhecida em Roma estas festividades, com o tempo passou a ter rituais que envolviam orgias e a embriaguez dos que delas participavam. Devido a isso no século II a.c, o senado romano resolveu combater estas festas, por considerá-las como uma ofensa a moral e ao estado.    

Quando o cristianismo surgiu, a Igreja Católica encontrou estas festas e outras comemorações já incrustadas no imaginário popular da época. Como expressar alegria não é pecado a Igreja procurou cristianizar estes movimentos. Não podemos confundir este processo de evangelização com a aderência a práticas pagãs, como dizem pessoas que não possuem um profundo conhecimento das origens cristãs. O carnaval então passou a ocorrer sempre três dias antes da quarta feira de cinzas. Utilizando as palavras do prof. Felipe Aquino, “Portanto, a Igreja não instituiu essa festa; teve, porém, de a reconhecer como fenômeno existente e procurou subordiná-la aos princípios do Evangelho.”

A Igreja orienta seus fiéis a ter durante o carnaval uma profunda reflexão sobre o momento que vem a seguir, que é a preparação para a páscoa. Retiros, orações, momentos de comunhão realizados entre os amigos é como deve ser o carnaval dos católicos. A vivência na palavra de Cristo e uma melhor reflexão do evangelho deve ser a procura dos Cristãos em oposição ao comportamento das pessoas que procuram as praias, os blocos de carnaval, e a prostituição que impera nessa época. Nós católicos temos que nessa época de pecado, rezar pelas pessoas que por ignorância ou por procura de prazer carnal, cometem erros que entristecem a Deus. E através da nossa prática e dos nossos retiros, tanto em comunidade como individuais, procurar trazer a luz dos evangelhos e a luz de Deus para uma festa que está profundamente cristalizada no imaginário popular. É importante, mas uma vez ressaltar que: expressar felicidade não é pecado, promover festas e divertimentos não é errado, o erro é abandonar a palavra de Deus, para se embriagar com os vícios da carne.

É de profunda importância também compreender o sentido comercial que esta data possui hoje em dia. O consumismo estimula os gastos nessa época, as pessoas se endividam. É comum vê relatos de pessoas que deixam de comprar produtos básicos para a sobrevivência, como alimentos, para poder viajar durante o período carnavalesco. Famílias se destroem durante esta época, por comportamentos dos cônjuges, a educação das crianças é prejudicada, devido às práticas que são presenciadas pelos pequenos filhos de Deus, que crescem tendo a impressão de que o comportamento dos pais e familiares nessa época é algo normal.

Temos que rezar, procurar Deus, buscar a remissão dos pecados. É nesses momentos que a Igreja Católica mostra a sua missão de portadora da verdade, aquela que traz a luz ao mundo. A Igreja Católica como a verdadeira Igreja de Cristo é o farol que traz luz as trevas, guiando os Cristãos na procura pela comunhão com o divino.  

Fonte: 

Aquino, Felipe. carnaval e o cristianismo. canção nova formação. disponível em:  http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11718   acesso em 07 março de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A ORÍGEM ANGLICANA

A Igreja Anglicana ou Igreja da Inglaterra se considera Católica e reformada. Católica por se achar em comunhão com a verdadeira Igreja de Cristo e em perfeita continuidade com sua comunidade Apostólica. E reformada por ter sido moldada por princípios das Heresias protestantes.

Os Anglicanos argumentam que antes da catequização feita pelos Romanos nas ilhas Britânicas, já existia uma comunidade Cristã desconhecida de Roma. Porém esse argumento é inválido, pois nunca existiu uma Igreja desconhecida de Roma e sim locais de difícil comunicação, como a Inglaterra, que por isso em alguns momentos pode ter tido divergências quanto ao ritual e doutrina  Latino com o das ilhas Britânicas.

Em 595, para formar uma unicidade entre os Cristãos Britânicos, ( anglo-saxão e celtas.)  com a Igreja Romana e superar as diferenças resultantes da distância geográfica entre as duas regiões, foi enviado pelo Papa São Gregório Magno um grupo de  Monges Beneditinos. Chefiados por Santo Agostinho ( não o doutor da Igreja e sim Santo Agostinho de Cantuária)  com a missão de instruir os cristãos Britânicos. Com essa campanha de evangelização, a doutrina e o rito Romano foram estruturados de vez na região. Porém devido à distância geográfica que separa Roma da Inglaterra  os reis Inglês sempre tentaram intervir na Igreja, para benefício próprio, como Henrique VIII.  

A origem Anglicana que é o mais importante para nós, vai ocorrer apenas no ano de 1534, pelo ato de supremacia, quando Henrique VIII se auto- denomina líder da Igreja na Inglaterra, dando origem a uma nova vertente protestante. Essa vertente seria confirmada de uma vez por todas por Elisabeth I, que também é conhecida como Isabel I, filha bastarda de Henrique VIII. Isabel adotou a doutrina calvinista expressa na Lei dos 39 Artigos, onde está estruturada a Doutrina Anglicana.

Mas o fato que levou Henrique VIII a se separar da comunhão com a Igreja Católica é de total importância para se compreender a ética protestante presente no movimento Anglicano. Os atos de Henrique VIII mostram o perfil da nova conjuntura religiosa que estava nascendo, além de explicar algumas posições Anglicanas como: a defesa do aborto e o casamento entre os homossexuais.

Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão filha dos reis da Espanha. Catarina estava prestes a consumar matrimônio com o irmão de Henrique VIII, mas este morreu antes do casamento ser consumado. Para que pudesse ser realizada a aliança entre espanhóis e ingleses a coroa britânica e espanhola pediu a liberação do Papa para que Catarina se casasse com Henrique, como o casamento anterior não havia sido consumado o papa concedeu a liberação.

Sempre com uma vida de prostituição Henrique VIII se apaixonou por Ana Bolena, prostituta e protestante, o rei também já tinha sido amante da mãe dela. E para poder se casar com a prostituta pede ao Papa a anulação do seu casamento com Catarina, alegando que esta era sua cunhada e por tanto o casamento seria ilegal. O Papa não considera o pedido do rei, pois o casamento com Catarina de Aragão foi legítimo. Contrariado Henrique VIII se desliga de Roma e se elege como o chefe supremo da religião na Inglaterra, dando origem ao Anglicanismo. Todo o episcopado inglês é obrigado a obedecer ao rei. João Fisher foi o único bispo que não se curvou diante de Henrique VIII e por isso foi decapitado. Thomas Morus chanceler do rei também foi contrário a essa separação e como João Fisher foi condenado à morte. Henrique VIII depois de um tempo de casado mandou executar Ana Bolena, alegando adultério. O rei herege ainda se casaria seis vezes e mandaria executar a maioria de suas cortesãs.

Com a morte de Henrique VIII quem herdou o trono foi Maria Tudor, legítima filha do rei com Catarina de Aragão. Maria Tudor era católica e voltou à união com Roma. A nova rainha da Inglaterra se casou com o rei da Espanha Felipe II, com quem não teve nenhum filho. Henrique VIII também tinha uma filha bastarda com Ana Bolena, que se chamava Isabel ( Elizabeth I) . Isabel foi mantida a distancia por Maria Tudor, devido as suas pretensões políticas e religiosas. Felipe II acabou conhecendo Isabel no seu cárcere e se apaixonou por ela. Após uma conspiração de Isabel, Maria Tudor iria condená-la a morte, mas Filipe II acabou defendendo Isabel e livrando- a da sentença.

Após a morte de Maria Tudor quem deveria herdar a coroa britânica era Maria Stuart, rainha da escócia e prima de Maria Tudor. Mas Filipe II favoreceu Isabel que foi coroada como rainha. Isabel era uma feiticeira, que cortou mais uma vez as ligações com Roma e confirmou o anglicanismo como religião da Inglaterra, estruturando a doutrina da seita. Isabel foi excomungada assim como seu pai.

A partir do século XX começam a surgir novas vertentes do anglicanismo, principalmente fora da Inglaterra. No Brasil existem varias comunidades Anglicanas, apesar de não ser tão popular. O mais importante é que se possa conhecer a verdadeira história dessa heresia, que hoje em dia defende coisas como o aborto e o casamento gay. Um movimento religioso que nasceu de um Divórcio, e foi consolidado depois de uma grande perseguição contra os verdadeiros cristãos os católicos, não merece a confiança nem a participação de quem realmente pretende entrar em comunhão com Deus e com os ensinamentos de Cristo.  

A sucessão Apostólica da Igreja Anglicana não é considerada pela Autoridade da Igreja Católica, por isso o argumento Anglicano de se considerar católico é inválido. A Igreja Católica também não concorda com a ordenação de mulheres, a defesa do aborto e o casamento homossexual, que são defendidos pelos anglicanos. 

Fonte:
Origem da Igreja Anglicana, disponível em: http://caiafarsa.wordpress.com/anglicana-origem-da-igreja-anglicana/                                                                                                                                 Origem do Anglicanismo, disponível em: http://montfort.org.br/index.php?secao=cartas&subsecao=apologetica&artigo=20040729224522&lang=bra


domingo, 20 de fevereiro de 2011

LIVROS DEUTEROCANÔNICOS

Os livros deuterocanônicos são: Tobias, Judite, 1Macabeus, 2Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc, alem de trechos de Ester e Daniel. Foram escritos entre os anos 200 a.c e 100 a.c. A  versão Bíblica utilizada pelos Católicos é a Septuaginta assim conhecida por ter sido traduzida do hebraico para o grego  por setenta e dois  sábios e anciãos judeus na cidade de Alexandria para uma comunidade de judeus que lá viviam e não mais dominavam a língua hebraica. Na época da tradução os livros que compõe o Antigo Testamento ainda não estavam definidos e foram acoplados a eles o sete livros que hoje são rejeitados pela maioria dos protestantes.
Esta tradução do Antigo Testamento logo passou a ser utilizada entre a maioria dos judeus, inclusive os Apóstolos de Cristo que a utilizavam nas suas pregações. Porém no ano 100 d.c judeus da palestina não Cristãos se reuniram na cidade de Jâmnia para redefinir os livros Bíblicos e acabaram excluindo os sete livros deuterocanônicos, assim como também foi excluído qualquer livro que falasse em Jesus, mostrando a falta de inspiração do Sínodo. Sínodo esse que se  apóiam os protestantes.  O principal motivo desses livros terem sido excluídos foi a rivalidade que os judeus tinhas contra os Cristãos.
Os judeus utilizaram alguns critérios para excluir os livros, porém nenhum desses critérios tem estrutura solida. Um  deles é de que Deus só poderia inspirar em Israel, mas isso não faz sentido já que toda lei de Moises foi inspirada no deserto do Sinai ao caminho para o Egito. Outro argumento utilizado é que Deus só poderia inspirar em hebraico. Na realidade Deus disse que só poderia se revelar aos israelitas mas entre eles haviam muitos que falavam outras línguas como o profeta Daniel, por tanto Deus não se revelou apenas em hebraico.
Os primeiros Padres da Igreja citavam vários trechos dos livros deuterocanônicos, e no Concilio de Roma no ano de 382 d. c foi definido o Cânon oficial fazendo parte dele os livros que hoje são tidos como apócrifos por alguns protestantes. O Cânon foi confirmado no Concilio de Hipona em 393 e de Cartago em 397. O engraçado é que estes mesmos Concílios também definiram alguns livros do Novo Tstamento, livros estes aceitos pelos protestantes e Concílios estes também muito citados por eles para confirmar a Canonicidade do Novo Testamento.
Durante a reforma protestante Lutero retirou estes livros por confirmarem doutrinas Católicas, assim como haviam feito os judeus. Os livros deuterocanônicos do Novo Testamento também foram retirados por ele, e depois recolocados por outros protestantes.
As catacumbas de Roma, que eram os locais onde os primeiros Cristãos se reuniam para celebrar seu Culto longe das perseguições do império, também estão cheias de desenhos que retratam cenas dos livros deuterocanonicos. O testemunho dos primeiros Cristão são outra prova das verdades inspiradas nestes livros. Algumas denominações protestantes hoje em dia aceitam todos os livros da Bíblia, assim como foi definida em Concílio durante os séculos, que são os: Luteranos, Presbiterianos e Anglicanos. 
É importante ressaltar que alguns critérios foram tomados pelos Católicos na hora de determinar os Livros Sagrados, como: Apostolicidade;  que não significa que toda obra dos Apóstolos é inspirada, mas sim as que foram escritos nos momentos de inspiração de um Apóstolo. Foram escolhidos os livros de leitura pública e que eram lidos nas principais Igrejas. Além da Ortodoxia que deve existir em cada Livro Sagrado, sem que nenhum contradiga outro livro da Bíblia.

Fonte de estudo: estudo bíblico apostolado sã doutrina, segunda aula.

  

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O CASAMENTO NA PÓS- MODERNIDADE

É muito comum nos dias de hoje vê os casais se separando, vê um amor que quando nasceu parecia ser eterno, mas não conseguiu resistir as ciladas do tempo e terminou na separação, com cada um seguindo um novo rumo. Nessas horas as pessoas se perguntam o que está acontecendo com as famílias nos dias de hoje, por que cada vez mais casais se divorciam, e os valores da nossa sociedade são colocados em xeque. O que devemos observar nesses momentos é a vivencia espiritual de cada família dessas, é importante observar em que se estruturam as famílias de nossa época pós- moderna e como as famílias procuram a comunhão com Deus no novo relacionamento e na nova vivencia que nasce com o matrimonio.
Ao fazer uma analise das famílias dos nossos dias é importante buscar a gênese do relacionamento e tentar compreender o que levou cada um dos dois, homem e mulher, a escolher o outro para juntos partilharem de um viver eterno e de constante comunhão com o Divino. Infelizmente o que impulsiona o relacionamento e o matrimônio não são questões espirituais, das quais Deus é o guia e protetor, mas sim questões materiais, são valores que não tem o espírito santo e o sopro Divino presente. Carro, casa, dinheiro, beleza física e tantos outros valores matérias são os principais critérios adotados na hora de começar um namoro, na hora de dar o primeiro passo para construir a instituição divina do matrimônio.
Os bens materiais nos quais a maioria dos casamentos estão estruturados, São coisas que com o tempo se destroem, São coisas que se desmancham no ar e junto com essa destruição material ocorre também os problemas do matrimônio. Não se pode estruturar uma relação de amor, uma relação divina que deverá ser eterna em coisas que são destrutíveis. O amor entre o homem e uma mulher tem que estar baseado em princípios cristãos, princípios que irão propiciar uma convivência de carinho, ajuda, compreensão e verdadeiro amor. A relação que tem como base a palavra de Deus, vence todas as tempestades, não se deteriora como os objetos matérias construídos pelos homens e cheios de falhas, sendo perecíveis a ação do tempo. Só aquilo que Deus criou é que pode ser eterno e por isso o matrimônio criado por Deus deve sempre ser guiado pelo seu santo nome para que as famílias possam ter a verdadeira felicidade.
A atração física é em muitos casos e outro problema que tanto levam os casais a se divorciarem. Não podemos ser hipócritas ao ponto de dizer que o lado físico não é uma das primeiras coisas que chamam a atenção, mas essa  atração não pode ficar apenas no corpo. O homem e a mulher devem se conhecer por completo, as vezes alguém expressa grande beleza física mas tem um interior pobre, ou então o modo de ser não é compatível com o outro que vai se relacionar. Infelizmente muitos param na análise física e esquecem de olhar o lado espiritual. O corpo como algo material também esta passível a ação do tempo. O corpo aos poucos vai perdendo a beleza da juventude e aquele amor também vai se acabando junto com o belo.
Os casais precisam procurar a união com Deus, buscar a igreja, procurar ouvir a palavra que Deus fala aos homens através das sagradas escrituras, do que fala os sacerdotes e da reflexão diária que nasce das nossas conversas com Deus. Precisamos ter como exemplo a santa família de Jesus, e sermos mãe como foi Maria e pai como foi José.

sábado, 29 de janeiro de 2011

30 de janeiro dia de Santa Martinha

Martinha pertencia a nobreza de Roma, tendo o seu pai sido eleito três vezes cônsul romano. Martinha cresceu em uma família Cristã, sendo batizada logo após o seu nascimento, e recebido uma educação baseada nos princípios de Cristo. Com a morte do pai Martinha recebeu sua herança e a dividiu com os pobres de Roma.
No ano de 222 o imperador Alexandre Severo baixou um decreto para perseguição dos Cristãos, que ao serem julgados casos fossem condenados deveriam ser executados. Martinha acabou sendo presa durante as perseguições. Mas ao chegar na presença do imperador devido ao seu comportamento e ao prestigio do seu pai, o imperador tentou convencê-la a abandonar a Cristianismo e passar a adorar os Deuses pagãos de Roma. Martinha se manteve  fiel na fé Cristã e preferiu morrer com os seus irmãos do que professar um Deus falso.
O primeiro castigo que Alexandre lhe impôs foi que fosse açoitada, porém Martinha rezou com tanta fé que os seus carrascos acabaram se convertendo. Então o imperador mandou que ela fosse jogada entre as feras, mas nenhum animal a atacou, todos amansaram diante de sua bondade. Depois disso foi condenada a fogueira mas as chamas não a queimaram. ( outra versão diz que uma chuva caiu sobre Roma apagando as chamas. ) martinha acabou sendo decapitada, e segundo relatos no momento da sua morte um grande terremoto foi sentido na cidade de Roma. ( outra versão diz que o terremoto ocorreu durante o momento em que Alexandre tentava converte-la a religião pagã, o terremoto destruiu a imagem de Apolo, e soterrou vários sacerdotes que estavam no templo. )
Martinha logo foi considerada santa por todo o império, e no século IV o papa Honório mandou erguer a igreja do foro em Roma em homenagem a ela. Depois de um longo período seu culto foi um pouco esquecido, até que o papa Urbano VIII durante a contra-reforma no processo de reconstrução das igrejas encontrou os restos mortais de martinha, e fez com que seu culto retornasse.

A vida de santa martinha é em muitos casos relacionadas a santa Tatiana, que tem um história muito parecida com a sua, mas não existem relatos suficientes para dizer que ambas são a mesma. Santa martinha ou santa Tatiana é muito venerada na igreja do oriente, especialmente na Rússia onde é venerada pelo nome de santa Tatiana, e na Grécia onde recebe o nome de santa Tânia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Tatiana